quinta-feira, 16 de junho de 2011

Alemanha confirma que brotos de feijão são a origem do surto de 'E.coli'.

Cientistas alemães nesta confirmaram a origem da cepa da bactéria E.coli, que provocou o recente surto no país. Brotos de feijão originaram a epidemia de diarreia hemorrágica que deixou 30 mortos na Europa
"São os brotos de feijão os causadores", afirmou Reinhard Burger, diretor do Instituto Robert Koch (RKI, na sigla em alemão), durante uma coletiva de imprensa em Berlim das três instituições sanitárias federais que se ocupam da crise.
Segundo as análises, as pessoas que comeram esses brotos têm nove vezes mais possibilidades de sofrer com diarreias hemorrágicas e outros sinais de infecção pela bactéria E.coli entero-hemorrágica (Ehec, na sigla em inglês).
Foram feitos inúmeros testes com brotos germinados pela Gärtnerhof, Bienenbüttel (norte), que, de fato, comprovaram a presença irrefutável da bactéria, em "uma cadeia de indícios tão importante que se pode identificar a origem do contágio", segundo as autoridades sanitárias.
A coletiva reuniu três organismos: o RKI, o Birô Federal para a Proteção dos Consumidores e a Segurança Alimentar, e o Instituto Federal de Avaliação de Riscos. As três instituições anunciaram oficialmente a suspensão do alerta decretado no final de maio contra o consumo de pepinos, tomates e alface, que custou milhões de euros aos agricultores europeus.
Reinhard Burger, diretor do Instituto Robert Koch, responsável pelas pesquisas sobre a 'E.coli' (Foto: John MacDougall / AFP)
"Nossos três institutos estão de acordo de que não há motivo para manter estas recomendações", afirmou um dos dirigentes.
Além disso, aparentemente a fonte da infecção já não está ativa e as cifras de novos doentes estão baixando. "Não há nenhuma outra pista além dos brotos germinados", explicou Burger, respondendo à pergunta se as autoridades estavam 100% certas de que não há outra fonte de contágio.
A bactéria E.coli fez cinco novas vítimas quinta-feira, na Alemanha, elevando o número de mortos da epidemia para 30. Ao todo, 29 pessoas morreram na Alemanha e uma na Suécia.

Evolução humana é mais lenta do que se pensava, afirmam cientistas


Os nucletídeos são representados nessa ilustração como cada uma das "bolinhas" na dupla hélice do DNA. (Foto: Pasieka / APA / SPL / AFP Photo) Os seres humanos podem estar evoluindo um terço mais lentamente do que se pensava, revelou um estudo sobre mudanças genéticas feito com duas gerações de famílias.
O código genético é feito por seis bilhões de nucleotídeos ou blocos de construção de DNA - metade deles é herdada do pai e a outra metade, da mãe. Até agora, a teoria convencional entre os cientistas era de que os pais contribuíam, cada um, com 100 a 200 mudanças nestes nucleotídeos.
Mas o novo estudo aponta para a ocorrência de muito menos mudanças. Cada pai contribuiria com 30, em média.
"A princípio, a evolução acontece um terço mais lentamente do que se pensava anteriormente", disse Philip Awadalla, da Universidade de Montreal, que conduziu o estudo realizado pelo projeto Cartagene, da Universidade de Montreal, no Canadá.
A descoberta se deu a partir de uma análise detalhada dos genomas de duas famílias, cada uma composta de mãe, pai e filhos.
O estudo abre novas perspectivas na área, apesar de o tamanho de sua amostra ser muito pequeno. Se confirmado em maior escala, repercutirá na cronologia evolutiva e mudará a forma como calculamos o número de gerações que separam o Homo sapiens de um antepassado primata, ancestral comum dos símios.
O estudo também mudará o pensamento sobre se as mudanças de DNA são mais propensas de serem transmitidas pelo pai ou pela mãe.
A ideia geral é que as alterações de DNA - conhecidas em termos científicos como mutações - são mais provavelmente transmitidas pelo homem. Isto porque as mutações acontecem durante a divisão celular ou replicação de DNA, e portanto são muito mais possíveis de ocorrer no esperma, que contém milhões de espermatozoides, do que nos óvulos.
Em uma das famílias, 92% das mudanças derivaram do pai. Mas, na outra família, apenas 36% das mutações vieram do lado paterno. "A taxa de mutação é extremamente variável de indivíduo para indivíduo ou algumas pessoas têm mecanismos que reduzem a probabilidade de mutações", concluiu Awadalla.
Esta variabilidade poderia levar a reconsiderar a previsão de riscos de doenças hereditárias, causadas por genes defeituosos, transmitidos por um ou ambos os pais. Segundo os cientistas, alguns indivíduos podem ter uma doença genética mal diagnosticada se tiverem uma taxa de mutação natural maior do que a taxa de referência.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Australiana gera 19 bebês para casais inférteis com doaçoes de óvulos.

A australiana Faith Haugh já gerou 19 bebês para casais inférteis através da doação de óvulos, apesar de dizer não ter "nenhum instinto maternal".
Faith Haugh já gerou 19 bebês para casais inférteis (Foto: Newspix)Faith Haugh já gerou 19 bebês para casais inférteis (Foto: Newspix)
Nos últimos 17 anos, ela passou por 42 ciclos de injeções de hormônios para aumentar a produção de óvulos com o único objetivo de ajudar pessoas com dificuldade de engravidar.
"Tudo começou quando eu vi um anúncio enorme no jornal de um casal que não conseguia ter filhos. Eu sabia que era fértil e decidi doar meus óvulos anonimamente", disse Haugh à BBC Brasil.
O casal teve gêmeas e Faith decidiu doar mais óvulos para casais anônimos através de um hospital. Mais tarde, ela passou a ajudar casais que conheceu através de anúncios no jornal e grupos de infertilidade na internet.
"O engraçado é que não tenho nenhum instinto maternal. O que acontece é que eu tenho um excesso de óvulos de boa qualidade que iam para o lixo todo mês então decidi usá-los para ajudar os outros."
"Quando você conhece esses casais, eles estão tão nervosos que sempre acabam chorando no meio da conversa. Eles querem filhos desesperadamente. Vê-los assim estressados e alguns meses depois segurando um bebê nos braços é incrível", diz Haugh.
Haugh não recebe nenhuma compensação financeira pela doação. Ela diz que doar óvulos é como dar um presente a alguém e acha que dinheiro pode levar as pessoas a tomar esta decisão pelos motivos errados.
Casal doador
A australiana, que trabalha com atendimento ao consumidor e é casada com Glenn, um açougueiro de 46 anos, tem uma filha de 22 anos de outro relacionamento e é avó de uma menina de dois anos.
Ela diz que perguntou ao marido se ele queria filhos, apesar de não gostar de ficar grávida, mas disse que eles acabaram não tendo nenhum bebê já que ambos apreciam a liberdade que têm atualmente e a possibilidade de viajar e aproveitar a vida.
"Ser mãe não é só dar à luz, é abrir mão de muita coisa em nome dos filhos. Noites em claro, preocupação... Eu tenho muito respeito pelos casais que decidem fazer a fertilização in vitro", diz ela. Faith diz também ter convencido o marido a doar sêmen. Ele é pai biológico de quatro crianças.
Enquanto no Brasil a doação de óvulos e sêmen só pode ser feita de forma completamente anônima, as leis australianas preveem que os bebês concebidos desta forma têm o direito de saber quem são os pais biológicos e devem receber informações sobre eles ao completar 18 anos de idade.
O objetivo é evitar que eles se casem ou tenham filhos com meios-irmãos sem saber.
Contato
Faith Haugh diz que se encontra pessoalmente com a metade dos filhos gerados com seus óvulos e mantém contato com outros.
"Eu sempre digo aos pais que eles pediram uma doadora e não uma amiga, mas que se eles se sentirem bem em mandar fotos e informações sobre as crianças, para mim é um bônus."
"Eu peço apenas um telefonema quando eles nascem. Eu não me sinto mãe dessas crianças, mas me sinto muito privilegiada em poder receber notícias deles algumas vezes por ano ou encontrá-los esporadicamente", diz Haugh.
A última criança gerada com um de seus óvulos nasceu dois anos atrás, mas aos 41 anos, Haugh diz que não vai mais doar óvulos.
"Eu preciso ser responsável em relação aos riscos relacionados à idade. Mas não consigo virar as costas para esses casais inférteis, então passei a oferecer meus conhecimentos a possíveis doadores e pessoas interessadas em utilizar óvulos doados", conta ela.
"Definitivamente, não é uma experiência para qualquer um. Doar óvulos não é como fazer um tabuleiro de bolo. Mas quando se está munido de informação é mais fácil tomar a decisão certa."

Argentina pode ter 1º 'divórcio gay"

Duas mulheres que se casaram em abril deste ano no noroeste da Argentina iniciaram os trâmites do primeiro divórcio entre homossexuais no país, informaram nesta quarta-feira (15) fontes da Federação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais do país.
Ángela, de 46 anos, e Vanesa, de 26, estavam juntas havia seis anos, e, após a sanção da lei de casamento igualitário, em julho do ano passado, decidiram se casar no dia 20 de abril na província de La Rioja.
A união provocou grande repercussão na mídia local por ser a primeira do tipo naquela região da Argentina. As mulheres se conheceram em 2005, quando se relacionavam com homens.
Casal gay beija-se nesta quarta-feira (14) em frente ao Congresso em Buenos Aires, na Argentina. (Foto: AP)Casal gay beija-se em frente ao Congresso em Buenos Aires, na Argentina, em julho do ano passado, após a aprovação do casamento gay argentino. (Foto: AP)
Fontes citadas pela imprensa local revelaram que a ruptura do casamento aconteceu como consequência da infidelidade de uma delas. Em julho de 2010, a Argentina se tornou o primeiro país da América Latina a aceitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao aprovar uma reforma do Código Civil, o que provocou forte rejeição de grupos religiosos e ásperos debates políticos.

Americano que abandonou a faculdade em 1932 se forma aos 99 anos.

Um homem do estado americano de Oregon que abandou a universidade pouco antes de se graduar em 1932 recebeu o seu diploma aos 99 anos.
Leo Plass, da cidade de Redmond, se formou há poucos dias na Eastern Oregon University, em La Grande.
Segundo o novo graduado, ele abandonou a universidade a menos de um semestre de ser graduado e iniciar a carreira como professor numa escola do Oregon.
No entanto, ele disse, era a época da Grande Depressão nos Estados Unidos e o salário de professor de US$ 80 por mês não iria sustentá-lo. Foi quando um amigo ofereceu uma vaga para trabalhar como marceneiro a US$ 150 por mês.
"Ele me ofereceu US$ 150 e era a Grande Depressão. Era muito dinheiro, muito dinheiro", disse Plass à emissora KTVZ.

maconha na gravidez afeta o cérebro do bebê

Mulheres que consomem maconha durante a gravidez podem ter filhos com cérebros mal desenvolvidos, alerta um estudo feito na Suécia e divulgado nesta semana. O trabalho mostra que a droga atrapalha as conexões entre os neurônios em uma fase crítica da formação cerebral.

“Se há uma mensagem a ser passada por este trabalho é que as mulheres grávidas não devem nunca, jamais, consumir maconha, ou qualquer composto que contenha maconha, em qualquer momento da gravidez”, afirmou ao G1 Tibor Harkany, do Instituto Karolinska, em Estocolmo -- líder do estudo publicado na revista “Science”.

O objetivo do grupo de Harkany era descobrir se o cérebro em desenvolvimento, ainda no útero da mãe, já possuía um sistema de compostos chamados “endocanabinóides”, batizados a partir do nome científico da maconha, Cannabis sativa. Como o próprio nome diz, esses compostos funcionam como uma “maconha natural” do cérebro. Em adultos, esses sistema regula coisas como o sono e a alimentação. Mas ninguém sabia se ele existia, e o que fazia, no cérebro de crianças ainda no ventre da mãe.

O estudo feito em culturas de células e em camundongos mostra que o sistema está sim presente e tem uma função para lá de importante: é ele que “ensina” os neurônios em formação como fazerem as conexões entre si -– algo essencial para que a criança consiga realizar coisas básicas como pensar, falar, formar memórias, se movimentar e se emocionar. Todo esse processo ocorre em relativamente pouco tempo e, portanto, é bastante sensível.


Receptores de endocanabinóides (em verde) são vistos em um neurônio.

Quando a futura mãe consome qualquer derivado de Cannabis sativa ela desregula esse delicado sistema e altera o seu funcionamento correto.



“Nossos resultados são compatíveis com outros estudos feitos com filhos de mulheres que consumiram maconha durante a gravidez. Crianças acompanhadas até os 16 anos apresentaram diversos problemas, como déficit de atenção, de aprendizado e dificuldade para se relacionar socialmente”, afirma Harkany.

Segundo o cientista, que contou com o apoio de outros pesquisadores europeus e norte-americanos, o trabalho traz dois resultados importantes. O primeiro é o entendimento mais completo das ações da maconha no cérebro. “Por enquanto temos uma compreensão limitada das conseqüências da Cannabis e entender como ela afeta um cérebro em desenvolvimento pode ajudar bastante a compreender como ela age em um cérebro adulto”, diz ele. O segundo é a demonstração de um mecanismo fundamental da formação do cérebro ainda no útero da mãe.

posiçâo de dormir

Estudo liga posição em que mãe dorme com risco de morte de feto
Pesquisadores afirmam que dormir do lado direito ou de costas aumenta chances de bebê nascer morto.

Da BBC
imprimir
Posição de sono da mulher pode influenciar o risco de morte do bebê. (Foto: PA / via BBC)Posição de sono da mulher pode influenciar o risco
de morte do bebê. (Foto: PA / via BBC)

Mulheres que dormem sobre o lado direito do corpo ou com a barriga para cima no fim da gravidez tem duas vezes mais chances de morte prematura do bebê do que as mães que dormem apoiadas sobre o lado esquerdo, segundo cientistas.

Uma nova pesquisa, feita na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, afirma que as mães que dormem sobre o lado esquerdo do corpo nas últimas noites antes do parto tem 1,9 de chance em mil de terem bebês natimortos.

Em mulheres que dormem em outras posições, a chance aumenta para 3,9 por mil nascimentos. Os resultados foram divulgados na publicação científica "British Medical Journal".

É o primeiro estudo de casos de bebês natimortos no mundo que analisa o efeito da forma como as mães dormem na saúde do feto.

Fluxo de sangue
Os pesquisadores neozelandeses analisaram 310 mulheres neozelandesas que estavam grávidas e outras 155 que tiveram bebês natimortos quando estavam por volta da 28ª semana de gravidez, entre 2006 e 2009.

As mães tiveram que responder perguntas sobre a posição em que dormiam, a duração do sono e se acordavam frequentemente antes da gravidez ou durante o último mês, semana e noite da gestação.